quarta-feira, 13 de julho de 2011

O parto - Parte 2

Contratei uma doula, a Shirley, uma amor de pessoa, com quem tive empatia logo no primeiro encontro. E nisso o tempo foi passando e minha ansiedade aumentando (e a vontade de comer chocolate também! ¬¬)

Trabalho de parto em casa


Era uma Quinta Feira, dia 12 de Maio, eu contava então com 39 semanas e 2 dias e estava feliz pois tinha sentido UMA contração. Mal sabia eu o que me esperava! Na madrugada para o dia 13 senti uma contração forte, acordei, fui ao banheiro e quando olho, sangue. Um sangue vivo que até me assustou, nunca imaginei que meu trabalho de parto começaria dessa forma. Acordei o marido que nem ligou e quem disse que conseguia pegar no sono de novo! Mandei um sms para a doula e fiquei rolando na cama, esperando alguma coisa acontecer. Agora a certeza de que estava perto era cada vez maior.
Na Sexta Feira, dia 13 de Maio, a doula foi em casa de manhã, escutou o coraçãozinho de Francisco e viu que estava tudo bem, tinha consulta com o obstetra a tarde e lá fui eu, agora já sentindo algumas contrações espaçadas. Cheguei no médico com a esperança dele falar que já estava com uns 7 de dilatação e qual foi meu balde de água fria quando ele me examinou e disse que estava sem dilatação e com o colo fechado, o que me restava era esperar.
Fui passear no shopping, andei, andei, andei para ver se engrenava alguma coisa e a noite comecei  a sentir contrações de 10 em 10 minutos (mais ou menos, não estavam ritmadas), ou seja, mais uma noite sem dormir, pois além das contrações me acordarem, a ansiedade estava em níveis estratosféricos.
No sábado, dia 14 de Maio, as contrações continuavam, mas nada de progredir. Fui passear no shopping de novo, andei um monte, agachei, fiquei sentada na bola de pilates, tomei chá de canela com gengibre, fiz de um tudo pra verse ia, mas nada. Quando eram umas 22:30 da noite senti que a bolsa tinha estourado (o que foi frustrante pois já que a bolsa tinha de estourar, que pelo menos saísse uma super água e não aqueles três pinguinhos que foram) e o espaço entre as contrações começaram a, finalmente, diminuir, elas começaram a vir de 4 em 4 minutos. Quando foi umas 2:30 da manhã, já estavam meio fortes, mas pra mim, ainda era divertido (cheguei a achar que seria sempre assim, idiota!), liguei para a doula que veio para casa, achei que já iria para a maternidade, mas que nada! Ela me examinou e eu estava com dois, DOIS dedos de dilatação! ainda ia demorar.
Passei a noite naquela, com contrações de 4 em 4 minutos, sem conseguir dormir (já era a segunda ou terceira noite sem dormir?), rolando na cama, entrando e saindo do chuveiro e numa ansiedade de matar.
No dia 15 de Maio, Domingo, quando já contava com 39 semanas e 5 dias de gravidez, era cedo, quando pedi a doula que inflasse a banheira (estava numa vontade fazia tempo de enchê-la) e lá fiquei a manhã toda. Shirley pediu que toda vez que eu tivesse uma contração, segurasse um lençol e o puxasse, isso ajudaria a dilatar mais rápido. Puxei aquele lençol até ficar com os braços dormentes, nisso já era hora do almoço e comi uma saladinha, só pensava que se comesse algo mais pesado, iria vomitar.
Depois do almoço, a doula fez outro exame de toque (que doeu pra cacete!) e eu tinha certeza que estava já com uns 8  de dilatação no mínimo! Estava com 3 e meio. ¬¬
Shirley sentou comigo e marido e foi sincera. Achava melhor eu ir para a maternidade e colocar ocitocina. Ela dizia que tinha certeza que eu iria parir, mas como já estava a 3 noite sem dormir e possivelmente passaria mais uma noite sem pregar os olhos, tinha medo que quando chegasse a parte do bicho vai pegar, eu não tivesse mais forças. Confesso que fiquei MUITO chateada com isso, brochei total, pra falar a verdade. Mas conversei com o marido e me toquei de que realmente eu estava muito cansada e se chegasse a parte difícil eu poderia pensar em desistir, então engoli seco e fomos para a maternidade...
 

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