terça-feira, 26 de julho de 2011

Francisco ama uma teta

Como é a amamentação do pequeno

Como o blog é para eu lembrar dos detalhes desses momentos que passam tão rápido, nada melhor que falar do principal no desenvolvimento do meu mafagafinho, a alimentação.
Francisco saiu de mim e já veio para o meu peito mamar, tentei criar o vinculo da amamentação logo na primeira hora de vida do pequeno. Na maternidade ele só queria saber de dormir e nem ligava pro peito da mamãe, na segunda noite que passamos lá, ele abriu um berreiro de assustar e eu, que estava sozinha (olha a ideia de jerico da mãe aqui, passar a primeira noite com o pimpolho, sozinha) pedi para o maridão ir ficar comigo. Francisco não parava de chorar, chamamos a enfermeira e ela nos disse que era cólica. Eu e maridão nos revezamos a ficar com ele no colo, no que o pobrezinho finalmente dormiu. Olha, eu acho que não era cólica, eu acho que era fome. Ele não pegava meu peito nem por decreto, nem queria saber e como já estava a um dia sem comer, acho que era isso, não era dor, tenho certeza.

Tinha acabado de sair de mim!

Enfim, ele finalmente pegou o peito na manhã seguinte e eu lá, tensa, tentando fazê-lo mamar direito, ficava atenta a pega correta (que tinha pesquisado a exaustão na gravidez - morria de medo dele machucar meus seios, que já naturalmente, eram sensíveis). 
Mas gente, é muito estranho ter um bebê mamando nos seus peitos, uma sensação muito estranha! Quando ele finalmente pegava o peito eu sempre assustava, no começo foi bem engraçado até me acostumar com a amamentação.
Enfim viemos para casa e no segundo dia meu leite desceu. Uiii, doeu, não vou mentir! Meus peitos ficaram quadrados, duros e doia até a axila. Hahaha... Bizarro!
Francisco sempre mamou pouco, 5 minutos o satisfaziam e não tinha cristo, cócega no pé que o faziam ficar acordado e mamar mais. Eu me preocupei bastante com isso, até irmos na pediatra e descobri que ele tinha mais do que recuperado o peso do nascimento, ainda ganhou mais (coisa gorda da mamãe).
Desse primeiros dias até agora a coisa engrenou de vez. Eu tenho MUITO leite! nos primeiros tempos euu morria de raiva, pois vivia pingando leite pela casa, sujava umas 4 blusas por dia, vivia fedendo leite azedo (ahh o glamour da maternidade!!), sem contar que era um trabalho danado pra dar de mamar, eu usava aquelas conchas anti-empedramento (um caso de amor e ódio), e toda vez que ia colocar o menino no peito, tinha de tirar a concha, colocar ele, daí a que estava do outro lado enchia e eu não podia me mexer senão vazava tudo, isso com um recém nascido no colo, daí tinha de fazer um malabarismo pra conseguir ir até ma pia pra esvaziar a concha. Chegou uma época que vivia com uma caneca do lado, assim esvaziava o leite que sobrava lá (esse leite que fica na concha não dá pra armazenar por razões de contaminação - a concha não foi esterilizada etc).
No começo eu também me estressada fazendo-o pegar o peito direito, ficava tirando e colocando a boquinha dele toda hora (imagina a felicidade da criança - not), mas depois de um tempo também desencanei e aprendi que meu filho sabia o que fazer. Ele começava pegando errado e logo depois já acertava ele mesmo.
Graças a deus eu não tive nenhuma fissura, nenhum machucado, nada, mas mesmo assim, no começo eu não curti muito isso de amamentar, confesso. A verdade é que eu vivia exausta, suja de leite, não dormia direito por causa de dar de mamar e também por causa das conchas que incomodavam, mas se as tirava, o peito enchia e doía pra cacete chuchu. Sem contar de toda a logística que tinha de ter para amamentá-lo (tirava a concha, colocava o guri, a outra concha enchia, se matava pra tirá-la com bebê no colo, esvaziava a concha, tentava colocar de novo, isso quando não esquecia, ia deitar o menino no berço e levava um banho de leite (delícia!)
Agora, com Francisco com 2 meses, eu já acostumei a amamentar, me livrei das conchas e meu peito parou de vazar (lógico que ainda uso absorventes para o seio, mas não tomo mais banhos \o/). E agora eu curto, curto muito dar o alimento do meu filho! É uma delícia ver como ele gosta desse contato, como fica com aquela carinha de bêbado satisfeito depois da mamada, é muito bom saber que posso tirar o peito pra fora e suprir meu filho em qualquer lugar que estivermos (já amamentei até andando no supermercado). Agora tudo ficou mais fácil, mais natural e mais gostoso. E isso reforça que quero dar meu peito pra ele até quando puder. =D

Agora, vamos a algumas considerações a cerca da amamentação (vai que alguma gravidinha lê aqui, pode ajudar):
- O que me ajudou muito e eu recomendo demais é: na gravidez lê muito sobre a pega correta (é isso que vai ajudar seu peito a não machucar) e usar as conchas de preparação (de base rígida). Olha, eu não tomei sol, não passei bucha, não fiz nada disso, só usava as conchas (a partir da 32 semana) duas horas por dia;
- Usei as conchas anti-empedramento (de base de silicone) desde a maternidade (já no primeiro dia) e quando acabava cada mamada eu passava aquela pomada de lanolina pura, assim nem chegava a machucar e já cicatrizava, depois de uns dias eu parei de usar a pomada e passava o próprio leite nos bicos sempre que lembrava podia. E as conchas, 24 horas por dia. Elas são essenciais para o seio não encher muito e não ficar muito duro (elas ajudam a esgotar o seio, além de ajudar a formar o bico), se ele fica duro, é mais difícil do bebê pegar.
- Francisco nunca mamou mais que 20 minutos, o que eu agradeço. Eu não sou um primor de paciência e sei que nos meus piores dias, ia ficar bem estressada de ficar com o bebê lá, uma hora grudado no peito. Ele também mama em livre demanda, ou seja, a hora que ele quiser os peitos estão lá pra ele (as vezes até quando ele não quer os peitos estão lá - chorou? Vai pro peito pra acalmar. Hehehe). Por isso não fiquem preocupados/paranoicos achando que seus filhos mamam pouco, quanto mais tarde ele nasce (de semanas), mais rápido ele já sabe sugar, é incrível! E se tá engordando, manda bala e relaxa.
- Sobre as cólicas: Francisco nunca teve muitas não, só a dificuldade normal de soltar gases. No começo eu parei de comer tudo (feijão, refrigerante, chocolate [mentira! Chocolate não consegui parar] e tudo que falavam que dava gases), mas é muito relativo isso. Hoje como de tudo e está tranquilo, a verdade é que o intestino dele vai amadurecendo cada vez mais e vai ficando cada vez mais fácil dele processar o alimento.
Bom, acho que é isso, espero não ter esquecido de nada. Quero que quando Francisco for grande eu possa contar para ele todos os detalhes da sua vidinhas, a primeira comida que experimentou, como reagiu com cada coisa etc.

Olhando para a mamãe e mandando ver no leitinho! =D

Um comentário:

Carol disse...

Adoro seus posts, Alice!!! Sempre uma mão na roda!
Eu tenho dessas conchas anti-empedramento, mas a Camila, minha doula, disse que não gostava muito. :P Enfim, de qualquer jeito, eu não tive esse problema de ficar com o peito mega-cheio, a não ser nos primeiros dias em que o leite desceu. E doeu até a axila, meeeesmo! Eita, vida! Hahahaha
Ainda tenho um pouquinho de sensibilidade, do tipo semana antes de menstruar, mas é tão bom mesmo ver a carinha do Henrique mamando, e depois, quando solta o peito (ele joga a cabeça pra trás com uma cara de "agora não quero mais, tchau!"). Hahaha

Seu blog é uma inspiração! Quem sabe um dia eu não tomo coragem e faço um também?! :P
Beijooos